Tempo: Travessia

Mudo diante de tudo. Diante de mim.
Como menino travesso que se olha no espelho
:de esguelha,
pra não ser o foco
:lente do meu olhar.
Como esperar que eu esqueça
o “ não vivido” e vivido a cada pulsar?
É silêncio capturado
Procurando palavras pra explicar…
Do outro lado, a margem:
Aragem…
De mim, de você, em algum lugar.
Quantos sonhos já teria levado?
Quantas promessas já teria ouvido?
Beijos roubados
: compromissos esquecidos
navegando manso no azul do seu olhar?
Sei que me espera. Não tenho pressa. Será longa a travessia…
O tempo repousa adormecido; repleto de cores : dores e amores
Aroma de flores silvestres esmaecido
no ateliê das águas : entre a paleta, o pincel e a poesia.
Que palavras mais belas! Parabéns, minha querida!
ResponderExcluirO mundo precisa conhecer esse dom. Parabéns, Gil
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