segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Caçadores de vaga-lumes



Não nasci poetisa. Fizeram-me.
Calaram-me a voz,
Tiraram-me as escolhas
:mas, não os sonhos.
:nem tão pouco as palavras.
Se não tinha papel
Escrevia no tempo
no horizonte
nas nuvens brancas do céu
Tardes chuvosas?
Era noites de caçar vaga-lumes
Eu e o maninho pela noite
Sob o olhar vigilante do pai
De longe observando a proeza
caçadores de vaga-lumes
na noite do sertão...
E foi assim
que a poesia fez morada em mim.
Gilvânia Souza 

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