Ontem, ao chegar ao
Colégio vi uma cena. Comum na vida de um educador. Mas, não resisti. Recriei-a.
O susto
Num instante, ele estava lá. Olhos
vivos. Redondos. Assustados.
Sentadinho ali, naquele banco de
escola, em frente à sala da “ Direção”. Tinha terra até na alma!
A água da chuva e a lama já secara,
deixando apenas desenhos psicodélicos no uniforme outrora branco.
O tênis? Alguém perguntou por ele.
Não sabia ao certo se deixara na sala ou se fora levado pela chuva.
Não tinha mais que uns 7 anos.
Era a pura travessura! A vida em
sua forma mais espontânea.
As mãozinhas, ansiosas,
apertavam-se compulsivamente no mesmo ritmo frenético dos pés descalços cheios
de areia a balançar. Apreensivo, qual bichinho do mato, nem ousava levantar a
cabeça sem saber o que esperar.
No rosto? Os olhos do medo. Então,
de repente a porta se abre...
Gilvânia Souza
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