segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Era uma cidadezinha qualquer



Era uma cidadezinha qualquer.
Dessas que nem aprecem nos mapas.
Rodeada por serras e longos silêncios
vez por outro, rompido pelo cantar do galo a acordar o dia.
Parecia, assim, encantada!
E o tempo lá nem existe
Nada tem pressa
A vida caminha devagar...
Até porque todas as ruas levam ao mesmo lugar.

Por ela, um viajante distraído passou
Um violeiro cantou
E o poeta mudo ficou.

Era uma cidadezinha tão
pequenina
Sem lugar no mapa
Mas
Mapeada no olhar da menina.

Gilvânia Souza 

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