O poeta caminha sozinho pela rua. Rua deserta. Todos os sonhos se foram.
Em sua volta: ruínas. Só restou o muro pintado de cinza.
A terceira borboleta alçou voo faz muito tempo...
Ele caminha, sem amigos ou companhia
por sobre escombros do passado
dos erros
dos pensamentos mutilados.
Sob o chão estrelado de seu pés
pedaços de versos
ecos da História
o canto do universo
esquecido
envelhecido
nos idos...
Ele , um dia, escrevia...
Agora só restou
o poeta
a rua
e a vida
(in)completa.
Cinco meses. Saudade de ti, de teus poemas impecavelmente belos, perfeitos e completos. Não é esta mesmo, parte da caminhada de um poeta? Não é este, aquele outro lado, de que ele não canta, quando enamorado, e que quando abandonado, encanta de tão doce visão da nostalgia? As ruínas, a poesia, a terceira borboleta que alçou voo, o chão estrelado aos pés, a vida (in)completa... Tudo isso doi no ser, mas doi muito mais quando quem está a descrever é poeta... És bela no que escreves. Beijosssssss
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