quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
Contagem regressiva
Queria não sentir saudades. Não saber seu nome. Não encontrá-lo no vazio do tempo...no sorriso faceiro da menina de cachinhos a brincar.
Queria não encontrar o seu cheiro na noite escura, não sentir o seu toque na maciez do vinho que aquece meu corpo devagar
Poder caminhar pelas ruas nas madrugadas mais nuas - sem por você procurar...
Eu sei. Por aqui você não está...
Talvez nunca esteve.
Só dentro de mim: em algum lugar
sábado, 11 de julho de 2015
Banco de esquina
A cidade foi tomada por milhares de pontinhos multicores.
Sob os pés descalços
da manhã
uma aquarela
que o artista não viu
que o poeta esquecido na esquina
Nem mesmo um Haicai rascunhou.
Como falar de flores
se vive o Outono?
A poesia da rua
rimando com suas dores?
Não!
Ninguém viu e nem ouviu.
O silêncio sentou-se a seu lado
calado
desajeitado
Amigo invisível dos amantes
e das estrelas inconstantes.
Enquanto a rua se cobre de flores
de Maio
de Setembro
Disso nem me lembro
: só do seu sorriso ao fechar a porta
Lá fora, começa a primavera
Aqui dentro, Outono já era.
( Gilvânia Souza)
Sob os pés descalços
da manhã
uma aquarela
que o artista não viu
que o poeta esquecido na esquina
Nem mesmo um Haicai rascunhou.
Como falar de flores
se vive o Outono?
A poesia da rua
rimando com suas dores?
Não!
Ninguém viu e nem ouviu.
O silêncio sentou-se a seu lado
calado
desajeitado
Amigo invisível dos amantes
e das estrelas inconstantes.
Enquanto a rua se cobre de flores
de Maio
de Setembro
Disso nem me lembro
: só do seu sorriso ao fechar a porta
Lá fora, começa a primavera
Aqui dentro, Outono já era.
( Gilvânia Souza)
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