O poeta caminha sozinho pela rua. Rua deserta. Todos os sonhos se foram.
Em sua volta: ruínas. Só restou o muro pintado de cinza.
A terceira borboleta alçou voo faz muito tempo...
Ele caminha, sem amigos ou companhia
por sobre escombros do passado
dos erros
dos pensamentos mutilados.
Sob o chão estrelado de seu pés
pedaços de versos
ecos da História
o canto do universo
esquecido
envelhecido
nos idos...
Ele , um dia, escrevia...
Agora só restou
o poeta
a rua
e a vida
(in)completa.